Surdez

Os surdos representam um grupo minoritário de pessoas que se agrupam para discutir e opinar sobre suas vidas, porque possui de uma cultura visual para o entendimento e apreensão do mundo, o que se traduz pelo reconhecimento, legalização e utilização da língua de sinais, da cultura e da identidade surda.

Ainda hoje, no Brasil e em diversas partes do mundo, a visão clínico-terapêutica da surdez (com sua equivalente prática avaliativa picométrica, diagnostificadora e rotulante) insiste em encarar a surdez como deficiência e os surdos como sujeitos patológicos. Esta posição nega aspectos cognitivos, lingüísticos e culturais específicos de cada aluno (a) surdo (a), os quais, por estes mesmos aspectos, são diferentes de quaisquer outras alteridades deficientes. Logo, não podemos definir a surdez como uma deficiência, mas como uma construção histórica, comunitária, lingüística e cultural.

O que pretendemos com este trabalho realizado ao longo desta última semana é conscientizar a comunidade Osoriense de que a questão da surdez passe da curiosidade etnográfica ao reconhecimento político da surdez como diferença.

Esta questão da diferença vem sendo trabalhada ao longo dos anos por toda a comunidade surda mundial. É nesta perspectiva que as escolas para surdos também trabalham. Na nossa região estas escolas se encontram em duas cidades: Osório e Torres. Em Torres o Ensino Fundamental é atendido na Escola Tietbol e o Ensino Médio na Escola Jorge Lacerda; já em Osório o Ensino Fundamental é atendido da Escola Cônego Pedro Jacobs e o Ensino Médio na nossa escola, Prudente de Morais, onde este ano está com a primeira turma de concluintes na modalidade classe específica para surdos do Litoral Norte.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Projeto da Semana do Surdo do Prudente

Há dez anos, aproximadamente, temos uma realidade de classes específicas de surdos nas escolas da rede estadual em Osório/RS. Concomitantemente se fazem movimentos em prol do reconhecimento da história, cultura e identidade surda. Apesar de todo este tempo de lutas pelas bandeiras deste grupo minoritário, ainda há muita desinformação da comunidade ouvinte osoriense, o que não se restringe somente a Osório.

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